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Algoritmo clínico de controlo da dor irruptiva: diagnóstico, tratamento e monitorização1
A dor crónica é um dos principais motivos para a procura de cuidados médicos, afetando entre 2% e 40% da população adulta mundial. Alguns doentes, nomeadamente doentes oncológicos, apresentam dor basal associada a uma patologia específica. Embora a dor basal possa ser controlada através da toma de medicação regular a longo prazo, podem ocorrer episódios de dor intensa de curta duração. Esta dor transitória designa-se por dor irruptiva e caracteriza-se por um início rápido (tipicamente, 3-5 minutos), curta duração (em média, 60 minutos) e intensidade moderada a elevada1.

Não obstante o recente progresso no diagnóstico, avaliação e tratamento, a dor irruptiva continua a ser um desafio para doentes e profissionais de saúde. As abordagens terapêuticas diferem entre países, devido à falta de recomendações internacionais uniformes. Consequentemente, a dor irruptiva é subestimada e cerca de 50% dos doentes não recebem tratamento adequado, o que afeta a sua qualidade de vida1.

Tradicionalmente, os analgésicos opioides têm sido usados como medicação de resgate na dor irruptiva. Porém, a farmacocinética dos opioides orais utilizados como medicação regular para controlo da dor basal não mimetiza o padrão característico de um episódio de dor irruptiva. Assim, os opioides de ação rápida, especificamente as formulações de fentanilo, são o padrão de tratamento atual da dor irruptiva, devido à sua rapidez de ação, elevada eficácia e boa tolerabilidade. Contudo, é fundamental selecionar a formulação de fentanilo mais apropriada ao doente, bem como proceder à titulação da dose1.

O algoritmo que se segue baseia-se nas recomendações de consenso de um grupo interdisciplinar de peritos espanhóis para o controlo da dor irruptiva, em termos de diagnóstico, tratamento e monitorização, com base na sua experiência clínica e na evidência científica atual, e pretende constituir uma ferramenta de apoio à prática clínica diária1.

1López Alarcón MD, Estevez FV, Triado VD, Segura PB, Comes GH, et al. Consensus statement on the management of breakthrough cancer pain: Assessment, treatment and monitoring recommendations. Open J Pain Med. 2019;3(1):008-014.
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